Resposta de um fisioterapeuta ao ATO MÉDICO!
"Caros senhores favoráveis ao Ato Médico, Se o grande problema é "prescrever", por favor, preciso que me prescrevam um tratamento fisioterapêutico para um paciente de 45 anos com uma tendinopatia crônica do tendão do músculo supra-espinhoso, apresentando calcificação no tendão. Ele apresenta história ocupacional de trabalho com elevação dos membros superiores acima do nível da cabeça (é vendedor de loja de roupas).Como é ex-jogador de voleibol, desenvolveu lesão do nervo supra-escapular,que culminou numa atrofia do músculo infra-espinhoso. Devido a distúrbios hormonais, desenvolveu osteoporose. Na avaliação, apresentou restrição da mobilidade da cápsula posterior do ombro, fraqueza dos músculos rotadores internos do úmero (grau 3), além de fraqueza de serrátil anterior e trapézio fibras inferiores (graus 4 para os dois músculos). A articulação esterno-clavicular também tem sua mobilidade diminuída. O que devo fazer, Dr.? Como posso fazer para restaurar a mobilidade da articulação? O que é mais indicado: mobilização articular ou alongamento? No caso de ser mobilização, que grau devo utilizar? No caso de ser alongamento, é preferível o alongamento ser estático ou balístico? Ou seria melhor utilizar de contração-relaxamento? Qual o tempo adequado de manutenção do alongamento? Ou será que é tudo contra-inidcado, devido à osteoporose? Com relação ao fortalecimento dos rotadores internos do úmero, qual exercício seria mais indicado para fortalecer o músculo sub-escapular, importante na estabilização dinâmica da articulação gleno-umeral? Devo usar thera-band, halteres, resistência manual ou simplesmente realizar exercícios ativos livres? Com relação ao serrátil anterior qual exercício seria mais indicado? Push-ups? Protração resistida? Exercícios ativos apenas, simulando atividades funcionais e procurando evitar movimentos escapulares anormais? Tudo isso? Nada disso? E se ele utilizar de compensações para a realização dos exercícios, como devo proceder? Com relação ao trapézio inferior, é melhor fazer o exercício contra ou afavor da gravidade? Devo ou não utilizar de movimentos ativo-assistidos? Qual o melhor exercício? Existe tal exercício? No caso da restrição da articulação esterno-clavicular, é necessário corrigir essa alteração de mobilidade? Se for, é possível corrigí-la? Como proceder. Tem contra-indicações ou precauções? Não podemos esquecer de tratar também o tecido lesado (tendão dosupra-espinhoso). Ele apresenta dor moderada ao elevar o membro superior D acima de 90 graus, que diminui a praticamente zero ao abaixar o braço. É necessára analgesia? Se for, que forma TENS? Qual a modulação (frequência, comprimento de onda, duração e intensidade)? Ou será que crioterapia é melhor? Em qual forma de aplicação? Por quanto tempo? Ou será que nenhuma analgesia é necessária? O que posso fazer para estimular o reparo do tendão? US (quantos MHz?Quantos W/cm2? por quanto tempo? Onde aplicar?), Laser (qual a intensidade? duração? tem contra-indicações?), exercícios (excêntricos, concêntricos, isométricos, resisitidos, livres? quantas séries e repetições? Qual o intervalo entre séries? Quantos RM? Devo fazer todos os dias ou não? É contra-indicado exercício?). Como posso fazer um exercício para supra-espinhoso? Por favor, repassem essa mensagem com urgência para todos os médicos com competência para me ajudar, pois estou com o paciente afastado do trabalhopor invalidez e continuo aguardando a "prescrição médica da fisioterapia",já que sem a "prescrição médica", segundo o ato médico, não posso fazer nada e nós todos os brasileiros, inclusive os médicos estamos pagando para ele não trabalhar. Não deixemos esse afastametno virar aposentadoria! Concluindo: Sim ao ato médico, desde que os médicos estudem na faculdadetodo o conteúdo que outras 13 profissões da área de saúde têm em seu currículo.
Marco Tulio Saldanha dos Anjos
Fisioterapeuta
CREFITO-4 51246-F
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Cadeia Lesional: Mito ou Realidade?
Cadeia Lesional é um termo muito comum em terapias holísticas (o homem por completo), e vem sendo utilizada cada vez mais pelos mais diversos profissionais, sobretudo os fisioterapeutas manuais, mas na verdade o que significa? e realmente o que tem de verdade nesse termo?
Utilizamos esse termo para descrever alterações funcionais de diversos segmentos em decorrência de uma lesão inicial, como num efeito dominó a lesão inicial através de conexão com estruturas vizinha passa a transmitir esse “desarranjo” funcional até um determinado ponto, onde ira aparecer a queixa, em geral bem distante da lesão verdadeira, e por diversas vezes tratamos a queixa e nunca teremos resultados satisfatórios.
Um exemplo bem fácil de explicar: um entorse em inversão do tornozelo pode deslocar o tálus para lateral e anterior, que se não tratado corretamente ira transmitir esse desalinhamento ao ligamento talo-fibular anterior, que ira transmitir a fíbula, que ira transmitir ao bíceps femoral, depois ao ilíaco, ao grande dorsal e ao ombro, então certo dia o paciente aparece com uma dor misteriosa no ombro, resistente ao tratamento (cheio de recidivas), que poderá evoluir para uma tendinopatia, sendo que o paciente não é atleta, seu trabalho não exige esforços com o ombro, sem movimentos repetitivos ou elevação acima de 90º, então eu pergunto onde e como deveremos tratar?
Descrita por L. Busquet como teoria do elástico e por D. Lippens como cadeia lesional, o fenômeno puramente mecânico existe e está presente todos os dias na clinica fisioterapêutica, quer saibamos identificar ou não.
Felizmente o corpo nos dá sinais para identificá-las, através de testes simples podemos buscar a origem do problema e não ficar “martelando” em vão nos sintomas (adaptações).
Diferente de quando o paciente chega com o diagnóstico pronto, ou seja, fraturou, bateu torceu etc, assim fica fácil, mas cuidado com diagnósticos falsos, pois muitas vezes o trama inicial é antigo e o paciente pode não se lembrar, cuidado com diagnósticos de outros profissionais, por melhores que sejam, lembre-se que eles não tem a visão cinesiológica, muito menos holística, por isso desconfie de diagnósticos que não sejam os seus.
Diferente da origem, muitas vezes uma tendinite, uma dor inexplicável em um segmento, até uma discopatia são apenas sintomas! Sim, uma hérnia de disco pode ser um sintoma de uma alteração mecânica distante ou próxima deste, imagine uma contratura ou encurtamento do músculo psoas, gerando um vetor de força em torção sobre o disco, qual o resultado disso? simples, desidratação e fissura, mais uma vez pergunto devemos tratar o músculo (origem) ou a hérnia (sintoma)?
Utilizamos esse termo para descrever alterações funcionais de diversos segmentos em decorrência de uma lesão inicial, como num efeito dominó a lesão inicial através de conexão com estruturas vizinha passa a transmitir esse “desarranjo” funcional até um determinado ponto, onde ira aparecer a queixa, em geral bem distante da lesão verdadeira, e por diversas vezes tratamos a queixa e nunca teremos resultados satisfatórios.
Um exemplo bem fácil de explicar: um entorse em inversão do tornozelo pode deslocar o tálus para lateral e anterior, que se não tratado corretamente ira transmitir esse desalinhamento ao ligamento talo-fibular anterior, que ira transmitir a fíbula, que ira transmitir ao bíceps femoral, depois ao ilíaco, ao grande dorsal e ao ombro, então certo dia o paciente aparece com uma dor misteriosa no ombro, resistente ao tratamento (cheio de recidivas), que poderá evoluir para uma tendinopatia, sendo que o paciente não é atleta, seu trabalho não exige esforços com o ombro, sem movimentos repetitivos ou elevação acima de 90º, então eu pergunto onde e como deveremos tratar?
Descrita por L. Busquet como teoria do elástico e por D. Lippens como cadeia lesional, o fenômeno puramente mecânico existe e está presente todos os dias na clinica fisioterapêutica, quer saibamos identificar ou não.
Felizmente o corpo nos dá sinais para identificá-las, através de testes simples podemos buscar a origem do problema e não ficar “martelando” em vão nos sintomas (adaptações).
Diferente de quando o paciente chega com o diagnóstico pronto, ou seja, fraturou, bateu torceu etc, assim fica fácil, mas cuidado com diagnósticos falsos, pois muitas vezes o trama inicial é antigo e o paciente pode não se lembrar, cuidado com diagnósticos de outros profissionais, por melhores que sejam, lembre-se que eles não tem a visão cinesiológica, muito menos holística, por isso desconfie de diagnósticos que não sejam os seus.
Diferente da origem, muitas vezes uma tendinite, uma dor inexplicável em um segmento, até uma discopatia são apenas sintomas! Sim, uma hérnia de disco pode ser um sintoma de uma alteração mecânica distante ou próxima deste, imagine uma contratura ou encurtamento do músculo psoas, gerando um vetor de força em torção sobre o disco, qual o resultado disso? simples, desidratação e fissura, mais uma vez pergunto devemos tratar o músculo (origem) ou a hérnia (sintoma)?
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Síndrome do Desfiladeiro Torácico
A Síndrome do Desfiladeiro Torácico é a compressão do plexo braquial (nervos do braço) e da artéria subclávia, na altura do pescoço ou do ombro, e é muito mais comum do que podemos imaginar.
Um dos sintomas é a dormência (formigamento) nas mãos e braços, mas também o paciente pode apresentar perda de força no braço ou na mão, atrofia muscular e cianose (pele azulada) o que caracteriza a alteração circulatória.
Por diversas vezes é mal diagnosticada sendo quase sempre confundida com a síndrome do túnel do carpo, que pode apresentar sintomas semelhantes, tal fato se deve do não conhecimento da patologia por muitos profissionais, e que por essa razão muitas vezes são realizadas cirurgias desnecessárias.
Embora seja mais comum em mulheres jovens pode acometer todos os sexos e faixas etárias.
São ao todo 3 pontos que podem apresentar compressão: entre os músculos escalenos, entre a clavícula e a primeira costela e no tendão do músculo peitoral menor, assim chamados de:
1º Desfiladeiro: Músculos Escalenos
2º Desfiladeiro: Clavícula e Primeira Costela
3º Desfiladeiro: Tendão do Músculo Peitoral Menor
Alguns pacientes apresentam dores semelhantes a angina e embolia no membro superior acometido.
O diagnóstico é essencialmente clinico, ou seja, através de diversos testes pode se detectar se existe compressão e qual o nível desta. Exames complementares como Raios-X, eletroneuromiografias, e ressonâncias magnéticas podem contribuir para o diagnóstico, mas não são mais importantes que a avaliação física.
O tratamento fisioterapeutico é essencialmente manual, não sendo necessário utilização de aparelhos e costuma apresentar resultados positivos rapidamente, raramente são necessárias cirurgias, porem, quanto antes for detectado mais rápido o paciente retorna a suas atividades normais.
Um dos sintomas é a dormência (formigamento) nas mãos e braços, mas também o paciente pode apresentar perda de força no braço ou na mão, atrofia muscular e cianose (pele azulada) o que caracteriza a alteração circulatória.
Por diversas vezes é mal diagnosticada sendo quase sempre confundida com a síndrome do túnel do carpo, que pode apresentar sintomas semelhantes, tal fato se deve do não conhecimento da patologia por muitos profissionais, e que por essa razão muitas vezes são realizadas cirurgias desnecessárias.
Embora seja mais comum em mulheres jovens pode acometer todos os sexos e faixas etárias.
São ao todo 3 pontos que podem apresentar compressão: entre os músculos escalenos, entre a clavícula e a primeira costela e no tendão do músculo peitoral menor, assim chamados de:
1º Desfiladeiro: Músculos Escalenos
2º Desfiladeiro: Clavícula e Primeira Costela
3º Desfiladeiro: Tendão do Músculo Peitoral Menor
Alguns pacientes apresentam dores semelhantes a angina e embolia no membro superior acometido.
O diagnóstico é essencialmente clinico, ou seja, através de diversos testes pode se detectar se existe compressão e qual o nível desta. Exames complementares como Raios-X, eletroneuromiografias, e ressonâncias magnéticas podem contribuir para o diagnóstico, mas não são mais importantes que a avaliação física.
O tratamento fisioterapeutico é essencialmente manual, não sendo necessário utilização de aparelhos e costuma apresentar resultados positivos rapidamente, raramente são necessárias cirurgias, porem, quanto antes for detectado mais rápido o paciente retorna a suas atividades normais.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Informação X Conhecimento
Um fato que sempre me chamou a atenção foi visualizar na prática a diferfença entre Informação e Conhecimento. A principio pode parecer ser a mesma coisa, mas são muito distintas.
Não é raro ver profissionais com inumeros cursos (pós-graduação, formação, extensão, mestrado...), e não aporveitar nada disso na vida profissional, por outro lado profissionais com a formação básica (apenas a graduação) utilizam tecnicas e recursos com resultados expressivos; tambem não se trata de tempo de experiência, pois conheço fisioterapeutas formados ha mais de 20 anos que sempre utilizam aquela mesma "receita de bolo", não levando em conta a individualidade, as diferenças seja da patologia opu do paciente.
Então o que faz a diferença?
Fazer da informação conhecimento, não é um processo fácil, é uma construção que precisa ser constante, que depende de raciocínio, lógica e uma boa capacidede de observação e interpretação.
Podemos comparar esse processo a uma construção (uma obra), onde a informação corresponde aos materiais (tijolos, cimento etc) e o conhecimento corresponde ao processo de construir uma casa. Mas porque não corresponde a casa pronta? Simples porque o conhecimento é um processo continuo, que nunca acaba (ou que nunca deveria terminar).
Quantos cursos são feitos e não aproveitados? quantas técnicas nunca aplicadas?
Mais importante do que ter um grande leque terapêutico é saber como e quando utiliza-lo.
A propria eletroterapia que muitos terapeutas manuais não utilizam, se bem aplicadas surtem bons resultados.
Vejamos nós mesmos, conseguimos utilizar tudo aquilo que aprendemos (ou melhor, tudo aquilo que nos foi ensinado)? Estima-se que de toda a informação que nos é oferecida cerca de 15 a 20% são transfomados em conhecimento, por essa razão esse processo é dinamico, rever, estudar e principalmente praticar faz com que esse percentual aumente.
Sem a repetição e a pratica constante corremos o risco de transformar nossa informação em uma construção inacabada.
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sexta-feira, 19 de junho de 2009
Pilates, Condicionamento, Reabilitação e Modismo.
O método Pilates constitui uma fantástica atividade física, unica e eficiente.
Mesmo não sendo um método de reeducação postural por excelência, trabalha a postura como nenhum outro exercício físico.
Trabalha de forma excelente a musculatura abdominal e os músculos profundos da coluna, além de propiciar equilíbrio, consciência corporal, melhora do padrão respiratório e muitos outros beneficios.
Quando bem supervisionado o Pilates proporciona todos esses benefícios citados, porém, se não não passa de um exercício qualquer. Vejamos da seguinte forma, muitos profissionais que não tem a formação (ou nenhum conhecimento) sobre motricidade humana, e principalmente sobre posturas (normal e alterações).
Temos atualmente uma concorrência muito grande, e com isso tudo o que se destaca, tudo o que apresenta resultado logo é copiado (e muitas vezes mal copiado). A área da saúde esta se tornando um balcão de negócios.
É imensa a quantidade de profissionais despreparados em todas as áreas, e no Pilates não é diferente.
Um profissional do fitness instruindo pilates não é e nem sera um verdadeiro instrutor de Pilates, será um professor de fitness. Nada contra os professores, mas são coisas completamente diferentes, o fitness trabalha força, o Pilates trabalha tônus, observe um bom estúdio a preocupação do instrutor com o padrão respiratório do aluno, a contração contínua dos abdominais, a postura sempre corrigida....... enfim, é um método muito complexo.
Vamos compara-lo ao treinamento com pesos livres. Como gerar contração muscular em qualquer nível de posicionamento do músculo (encurtado, alongado ect), não é possível obter a gama de contração muscular em diferentes pontos como com uma mola. Se quiser trabalhar outras unidades motoras (fibras), podemos apenas alterar um pouco o ângulo articular e pronto!
Mesmo não sendo um método de reeducação postural por excelência, trabalha a postura como nenhum outro exercício físico.
Trabalha de forma excelente a musculatura abdominal e os músculos profundos da coluna, além de propiciar equilíbrio, consciência corporal, melhora do padrão respiratório e muitos outros beneficios.
Quando bem supervisionado o Pilates proporciona todos esses benefícios citados, porém, se não não passa de um exercício qualquer. Vejamos da seguinte forma, muitos profissionais que não tem a formação (ou nenhum conhecimento) sobre motricidade humana, e principalmente sobre posturas (normal e alterações).
Temos atualmente uma concorrência muito grande, e com isso tudo o que se destaca, tudo o que apresenta resultado logo é copiado (e muitas vezes mal copiado). A área da saúde esta se tornando um balcão de negócios.
É imensa a quantidade de profissionais despreparados em todas as áreas, e no Pilates não é diferente.
Um profissional do fitness instruindo pilates não é e nem sera um verdadeiro instrutor de Pilates, será um professor de fitness. Nada contra os professores, mas são coisas completamente diferentes, o fitness trabalha força, o Pilates trabalha tônus, observe um bom estúdio a preocupação do instrutor com o padrão respiratório do aluno, a contração contínua dos abdominais, a postura sempre corrigida....... enfim, é um método muito complexo.
Vamos compara-lo ao treinamento com pesos livres. Como gerar contração muscular em qualquer nível de posicionamento do músculo (encurtado, alongado ect), não é possível obter a gama de contração muscular em diferentes pontos como com uma mola. Se quiser trabalhar outras unidades motoras (fibras), podemos apenas alterar um pouco o ângulo articular e pronto!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Globalidade: Porque teoria e prática são diferentes?
O termo globalidade não é nenhuma novidade em fisioterapia, e acredito que explica-lo seria desnecessário, ja que na teoria ouvimos do dia em que pisamos pela primeira vez na faculdade e nos acompanha pelo resto de nossas vidas profissionais.
Agora vamos fazer diferente, vamos perguntar sobre a aplicação pratica de globalidade, quem realmente usa a globalidade dia-a-dia?
Não estou falando sobre avaliar a coluna em uma dor ou dormência nos membors inferiores ou superiores, falo a GLOBALIDADE, pura e verdadeira GLOBALIDADE. Quem realmente sabe utiliza-la na prática diária?
Vejamos o seguinte, um paciente chega para a avaliação e diz que apresenta uma determinada dor, consequente de um trauma. Aí fica fácil sabemos a causa, mas não são todos os casos que recebemos tudo "mastigado".
Na minha experiência mais de 60% dos pacientes procuram tratamento por causa de uma dor que apareceu sem causa aparente e foi evoluindo, evoluindo ate se tornar insuportável, ou quase insuportável.
São esses casos em que a globalidade é importante, mais até do que muitos exames complementares, pois possivelmente a causa não esta ali, no local da queixa.
Procurar pela origem da dor não é uma tarefa dificil, mesmo quando o paciente não se lembra de algum fator que poderia explicar a dor.
Nosso corpo nos deixa diversas pistas, que se soubermos como e onde procurar chegaremos a origem dos sintomas. Para isso deveremos buscar ver o paciente como um todo e não apenas como um "braço", uma "perna", ver como ele realmente é, dinâmico, que trabalha, dorme se diverte, como, onde, porque e claro saber deixar o "terreno" livre para o que vamos encontrar.
Tentar encaixar o paciente dentro de um padrão pode não funcionar, associar as dores que ele sente com o padrão de dor de outro que ja temos um diagnóstico pode ser perigoso e ter resultados desastrosos, quantas patologias podem por exemplo causar dores lombares?
Veja quantos e quantos pacientes passam por diversos profissionais sem obter o resultado esperado, passar por diveros especialistas das mais diversas áreas sem alivio, fazem os mais diferentes exames, sem apresentar um diagnóstico.
Lembramos das aulas da faculdade que esquecemos de aplica-las na pratica: ".... AS VEZES, A LESÃO ESTA LONGE DOS SINTOMAS.....", procuremos as origens!
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segunda-feira, 23 de março de 2009
GELO OU CALOR?
Quando utilizar o Gelo ou Calor para alívio das dores?
Sempre aprendemos a utilizar gelo até 48 horas depois de um entorse ou contusão, mas e depois quando realmente utilizamos frio ou calor?
Até mesmo essa "regra" de se utilizar gelo durante 48 horas depois de um trauma não esta totalmente certo, vejamos os fatos:
Por que se utiliza gelo durante 48 horas após o trauma?
Tem ligação com as fases do processo inflamatório, o gelo no inicio impede (ou diminui) o edema, ja o calor pode aumentar a permeabilidade dos vasos e aumentar o edema.
Quanto tempo de gelo após o trauma?
Depende da individualidade do paciente, 48 horas é a média de passar a fase inicial da inflamação, fase em que desenvolve o edema, mas isso pod durar mais ou menos tempo, o correto é ficar atento aos sinais e sintomas do paciente, se houver edema, calor e rubor, mesmo depois de mais de 48 horas deve se utilizar gelo.
As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio (crioterapia) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos sintomáticos, que quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação das técnicas terapêuticas.
Calor
Efeitos Terapêuticos do Calor:
1. Alivia a dor.
2. Aumenta a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos.
3. Diminui a rigidez das articulações.
4. Melhora o espasmo muscular.
5. Melhora a circulação.
A aplicação do calor, promove alteração das propriedades físicas dos tecidos que compõem os tendões, cápsulas articulares e cicatrizes, melhorando suas respostas ao alongamento.
Contra-indicação
Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, em áreas onde haja tumores, sobre os testículos, sobre o abdome de gestantes ou em áreas do corpo de pessoas inconscientes.
Técnica de Tratamento
O tratamento domiciliar pelo calor deve ocorrer na freqüência de 3 vezes ao dia, durante 20 a 30 minutos, usando bolsas quentes nos locais a serem tratados.
Frio
Efeitos Terapêuticos do Frio:
1. Diminui o espasmo muscular.
2. Alivia a dor.
3. Nos traumatismos (entorses, contusões, distensões musculares, etc.), previne o edema e diminui as reações inflamatórias.
Para se ter um efeito mais efetivo, o resfriamento deve ser aplicado imediatamente após o trauma, antes que o edema esteja formado.
Técnica de Tratamento
O tratamento pelo uso do frio deve ser feito com bolsas geladas durante 10 a 20 minutos, no local da dor ou do edema, 3 vezes ao dia.
O uso de calor é contra-indicado nos casos de traumatismo porque aumenta o edema.
O uso do frio é contra-indicado nos casos de artrite porque aumenta a rigidez articular. Nestes casos é preferível usar calor.
Sempre aprendemos a utilizar gelo até 48 horas depois de um entorse ou contusão, mas e depois quando realmente utilizamos frio ou calor?
Até mesmo essa "regra" de se utilizar gelo durante 48 horas depois de um trauma não esta totalmente certo, vejamos os fatos:
Por que se utiliza gelo durante 48 horas após o trauma?
Tem ligação com as fases do processo inflamatório, o gelo no inicio impede (ou diminui) o edema, ja o calor pode aumentar a permeabilidade dos vasos e aumentar o edema.
Quanto tempo de gelo após o trauma?
Depende da individualidade do paciente, 48 horas é a média de passar a fase inicial da inflamação, fase em que desenvolve o edema, mas isso pod durar mais ou menos tempo, o correto é ficar atento aos sinais e sintomas do paciente, se houver edema, calor e rubor, mesmo depois de mais de 48 horas deve se utilizar gelo.
As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio (crioterapia) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos sintomáticos, que quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação das técnicas terapêuticas.
Calor
Efeitos Terapêuticos do Calor:
1. Alivia a dor.
2. Aumenta a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos.
3. Diminui a rigidez das articulações.
4. Melhora o espasmo muscular.
5. Melhora a circulação.
A aplicação do calor, promove alteração das propriedades físicas dos tecidos que compõem os tendões, cápsulas articulares e cicatrizes, melhorando suas respostas ao alongamento.
Contra-indicação
Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, em áreas onde haja tumores, sobre os testículos, sobre o abdome de gestantes ou em áreas do corpo de pessoas inconscientes.
Técnica de Tratamento
O tratamento domiciliar pelo calor deve ocorrer na freqüência de 3 vezes ao dia, durante 20 a 30 minutos, usando bolsas quentes nos locais a serem tratados.
Frio
Efeitos Terapêuticos do Frio:
1. Diminui o espasmo muscular.
2. Alivia a dor.
3. Nos traumatismos (entorses, contusões, distensões musculares, etc.), previne o edema e diminui as reações inflamatórias.
Para se ter um efeito mais efetivo, o resfriamento deve ser aplicado imediatamente após o trauma, antes que o edema esteja formado.
Técnica de Tratamento
O tratamento pelo uso do frio deve ser feito com bolsas geladas durante 10 a 20 minutos, no local da dor ou do edema, 3 vezes ao dia.
O uso de calor é contra-indicado nos casos de traumatismo porque aumenta o edema.
O uso do frio é contra-indicado nos casos de artrite porque aumenta a rigidez articular. Nestes casos é preferível usar calor.
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Globalidade: Fortalecer ou Liberar ?
Sempre deparamos com um grande dilema ao tratarmos um paciente: fortalecer ou alongar!
Quantas vezes temos a certeza que uma alteração postural seria conseqüência de fraqueza de um músculo (ou grupo muscular). No dia-a-dia na clinica quantas vezes orientamos algum exercício (anilhas, caneleiras, thera band etc), sei que alongamos também, mas, e a globalidade?
Vamos voltar as aulas de biomecânica, quais as alavancas predominantes no corpo humano? Nosso corpo NÃO foi feito para fazer força, admito a importância da força muscular para o trabalho, esportes, laser, mais BIOMECANICAMENTE nossas articulações são especialistas em velocidade e não força! Isso não é nenhuma novidade, mas ainda sim porque a teoria e a prática são tão diferentes?
Desde 1947 Mézieres através de uma fantástica capacidade de observação concluiu que as alterações seriam conseqüência de excessos musculares e não fraquezas; seriam então encurtamentos, contraturas ou bloqueios de músculos e fáscias as causas das numerosas alterações que tratamos dia após dia.
Diversos autores pós Mezieres falam das cadeias musculares, escutamos isso desde o primeiro ano de faculdade, mas não colocamos em prática, até mesmo defensores dessas técnicas. Parece um vício, lemos, estudamos, aprendemos da maneira correta, mas na prática.... seria mais fácil ensinar um exercício para um paciente?
Quem nunca viu um absurdo de fortalecimento da musculatura lombar¿, exercícios isotônicos (como se isso ajudaria a manter a postura de pé), parecem que nunca ourivam o termo ESPECIFICIDADE, o simples fato de sustentar o corpo de pé trabalharia essa musculatura.
Tomemos como exemplo a cifose, quantos não indicam fortalecimento de musculatura posterior (paravertebrais, rombóides etc)¿ A cifose é antes de tudo um encurtamento da musculatura anterior e não fraqueza da posterior, o fortalecimento posterior sem a devida liberação anterior vai causar depois de um certo tempo achatamento dos discos intervertebrais torácicos e mais tarde deformidade dos corpos vertebrais.
Todos (isso mesmo, todos) os métodos que surgiram depois de Mézieres (Busquet, Souchard, Godelieve Denys-Struyf, Bertherat, Peyrot, Nisand e outros) seguem basicamente sua linha de raciocínio, tendo suas diferenças na prática de tratamento, por essa razão funcionam, tratam a liberação, não o fortalecimento.
A postura depende de 3 importantíssimos fatores: equilíbrio, conforto e consumo energético. Tentar uma correção sem levar em conta esses fatores é insucesso na certa, seja pela não evolução ou pelo aparecimento (ou agravamento) da dor no paciente. Vejamos um indivíduo que tenta corrigir sozinho sua postura, quais as chances de melhorar¿ quais as chances de aparecer dor?
Ninguém fica com a postura feia porque quer, quando deparar com um paciente com alteração postural devemos ter a consciência que ele esta dentro dos 3 fatores citados há pouco, porém, quando ele tentar se auto-corrigir deixara de respeitar essas leis, perderá o equilíbrio (suas AVD’s se tornarão mais difíceis), perderá o conforto (utilizará músculos errados para manter a postura resultando em dor e desconforto) e consumo de energia (gastará mais energia pelo uso de músculos errados, ou gastara mais energia para executar suas AVD’s), pronto estamos diante de um fracasso de correção, ele sentira dificuldades, dor e cansado!
Porem, se liberamos a musculatura presa (posturas, alongamentos.......) e depois trabalhamos o tônus do paciente teremos uma chance muito maior de alcançar nossos objetivos.
Ao avaliar seu paciente hoje ou amanha, ao invés de olhar a "fraquesa" da cifose procure pelos excessos das lordoses.
Marcelo Renato Massahud Junior
Quantas vezes temos a certeza que uma alteração postural seria conseqüência de fraqueza de um músculo (ou grupo muscular). No dia-a-dia na clinica quantas vezes orientamos algum exercício (anilhas, caneleiras, thera band etc), sei que alongamos também, mas, e a globalidade?
Vamos voltar as aulas de biomecânica, quais as alavancas predominantes no corpo humano? Nosso corpo NÃO foi feito para fazer força, admito a importância da força muscular para o trabalho, esportes, laser, mais BIOMECANICAMENTE nossas articulações são especialistas em velocidade e não força! Isso não é nenhuma novidade, mas ainda sim porque a teoria e a prática são tão diferentes?
Desde 1947 Mézieres através de uma fantástica capacidade de observação concluiu que as alterações seriam conseqüência de excessos musculares e não fraquezas; seriam então encurtamentos, contraturas ou bloqueios de músculos e fáscias as causas das numerosas alterações que tratamos dia após dia.
Diversos autores pós Mezieres falam das cadeias musculares, escutamos isso desde o primeiro ano de faculdade, mas não colocamos em prática, até mesmo defensores dessas técnicas. Parece um vício, lemos, estudamos, aprendemos da maneira correta, mas na prática.... seria mais fácil ensinar um exercício para um paciente?
Quem nunca viu um absurdo de fortalecimento da musculatura lombar¿, exercícios isotônicos (como se isso ajudaria a manter a postura de pé), parecem que nunca ourivam o termo ESPECIFICIDADE, o simples fato de sustentar o corpo de pé trabalharia essa musculatura.
Tomemos como exemplo a cifose, quantos não indicam fortalecimento de musculatura posterior (paravertebrais, rombóides etc)¿ A cifose é antes de tudo um encurtamento da musculatura anterior e não fraqueza da posterior, o fortalecimento posterior sem a devida liberação anterior vai causar depois de um certo tempo achatamento dos discos intervertebrais torácicos e mais tarde deformidade dos corpos vertebrais.
Todos (isso mesmo, todos) os métodos que surgiram depois de Mézieres (Busquet, Souchard, Godelieve Denys-Struyf, Bertherat, Peyrot, Nisand e outros) seguem basicamente sua linha de raciocínio, tendo suas diferenças na prática de tratamento, por essa razão funcionam, tratam a liberação, não o fortalecimento.
A postura depende de 3 importantíssimos fatores: equilíbrio, conforto e consumo energético. Tentar uma correção sem levar em conta esses fatores é insucesso na certa, seja pela não evolução ou pelo aparecimento (ou agravamento) da dor no paciente. Vejamos um indivíduo que tenta corrigir sozinho sua postura, quais as chances de melhorar¿ quais as chances de aparecer dor?
Ninguém fica com a postura feia porque quer, quando deparar com um paciente com alteração postural devemos ter a consciência que ele esta dentro dos 3 fatores citados há pouco, porém, quando ele tentar se auto-corrigir deixara de respeitar essas leis, perderá o equilíbrio (suas AVD’s se tornarão mais difíceis), perderá o conforto (utilizará músculos errados para manter a postura resultando em dor e desconforto) e consumo de energia (gastará mais energia pelo uso de músculos errados, ou gastara mais energia para executar suas AVD’s), pronto estamos diante de um fracasso de correção, ele sentira dificuldades, dor e cansado!
Porem, se liberamos a musculatura presa (posturas, alongamentos.......) e depois trabalhamos o tônus do paciente teremos uma chance muito maior de alcançar nossos objetivos.
Ao avaliar seu paciente hoje ou amanha, ao invés de olhar a "fraquesa" da cifose procure pelos excessos das lordoses.
Marcelo Renato Massahud Junior
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Crochetagem: Um Recurso Fisioterapêutico Eficaz!
Não é novidade para ninguém que a área esta bem saturada, por essa e outras razões, atualizar-se e agregar mais recursos ao arsenal terapêutico deve ser uma prática constante no dia-a-dia de todos os fisioterapeutas.
E foi justamente durante um congresso que conheci a Crochetagem Mio-aponeurótica de Eckman, uma técnica singular que utiliza-se de ganchos (crochets) com tamanhos e angulos distintos com o objetivo de quebrar aderências dos tecidos (músculo, fáscias etc).
Para aqueles não familiarizados com a técnica parece um tanto esquisito e fantasioso, porém, os resultados falam por si, em dores causadas por trigger points os ganchos constumam ser uma boa opção visto a ineficácia de aparelhos para essa determinada queixa, até então só tratadas de maneira efetiva com as mãos (Jones, PRT), e nem sempre tolerados por alguns pacientes.
Em aderências cicatriciais os ganchos surpriendem pela rapidez dos resultados, em apenas uma sessão a crochetagem faz verdadeiros milagres, se não bastasse a aparência de algumas cicatrizes, as aderencias são um obstáculo no tratamentos de distúrbios posturais, ja citado por BRICOT e outros autores, as cicatrizes representam verdadeiras barreiras, interferindo na mobilidade da fáscia e levando a alterações em muitas vezes em locias distantes das mesmas.
Trata-se de um processo indolor, cadenciado, que requer um bom conhecimento de anatomia palpatória.
Para aqueles que assim como eu admiram as tecnicas manuais e manipulativas, a crochetagem é sem duvida uma técnica a se aprender.
E foi justamente durante um congresso que conheci a Crochetagem Mio-aponeurótica de Eckman, uma técnica singular que utiliza-se de ganchos (crochets) com tamanhos e angulos distintos com o objetivo de quebrar aderências dos tecidos (músculo, fáscias etc).
Para aqueles não familiarizados com a técnica parece um tanto esquisito e fantasioso, porém, os resultados falam por si, em dores causadas por trigger points os ganchos constumam ser uma boa opção visto a ineficácia de aparelhos para essa determinada queixa, até então só tratadas de maneira efetiva com as mãos (Jones, PRT), e nem sempre tolerados por alguns pacientes.
Em aderências cicatriciais os ganchos surpriendem pela rapidez dos resultados, em apenas uma sessão a crochetagem faz verdadeiros milagres, se não bastasse a aparência de algumas cicatrizes, as aderencias são um obstáculo no tratamentos de distúrbios posturais, ja citado por BRICOT e outros autores, as cicatrizes representam verdadeiras barreiras, interferindo na mobilidade da fáscia e levando a alterações em muitas vezes em locias distantes das mesmas.
Trata-se de um processo indolor, cadenciado, que requer um bom conhecimento de anatomia palpatória.
Para aqueles que assim como eu admiram as tecnicas manuais e manipulativas, a crochetagem é sem duvida uma técnica a se aprender.
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crochetagem mio-aponeurótica de eckman
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Natação X Postura: Mitos, Verdades e "Achismo"
Tenho observado a indicação da prática de natação por profissionais da saúde para tratamento e/ou complemento nos tratamentos de postura, mas o que há de resultados?
Bem, confesso que procurei por artigos e trabalhos relacionados ao assunto e não encontrei nada, nada de estudos comparativos etc.
Na prática do dia a dia, notei uma coisa diferente: os pacientes que estavam tratando a postura e ao mesmo tempo praticando natação tiveram melhora mais lenta que aqueles que não praticavam.
Fiquei curioso para saber se eu estava com razão e questionei alguns colegas que trabalhavem com RPG, cadeias etc, porém, nenhum deles até então havia observado relação. Com o tempo eles passaram a observar seus pacientes e notaram a mesma coisa: quem estava praticando natação tinha uma melhora mais lenta!
A partir de então passei a interessar pela relação e não achei nenhum trabalho que mostrasse de fato que a natação era eficaz no tratamento postural.
Conversei com varios professores e alguns deles relatavam ja terem observado a mesma coisa, e que uma das recomendações era a de não praticar natação.
Acredito que se pararmos e pensar um pouco podemos achar uma teoria que explica tal fato: os músculos antigravitacionais são de fibras brancas (lentas), e a natação trabalha fibras de contração rápida, e mesmo em provas de longa duração acredito eu não haver uma coisa muito importante: ESPECIFICIDADE! Se não estou errado a postura se avalia e analisa de pé e a natação é uma atividade que se desenvolve em decúbito, como trabalhar esses músculos deitado e sem isometria.
Técnicas como RPG, Iso-stretching utilizam-se de posturas de pé (especificidade) e quando deitados trabalham em isometria e utilizando muita RESPIRAÇÃO, buscando não fortalecer, mas TONIFICAR.
O sistema Gama, que controla os fusos para ser trabalhado é necessario uma respiração bem específica, o que novamente não é a da natação.
Quero deixar bem claro que essa é minha opinião e que não realizei nenhum estudo para tal, apenas passei a observar melhor meus pacientes.
Mas qual embasamento para esses profissionais (e bons), recomendarem natação para corrigir a postura? Novamente tenho uma teoria: na decada de 80 havia uma atividade que quase não ouvimos mais falar, a aeróbica de alto impacto! e segundo alguns profissionais que ja trabalhavam nessa época essa atividade causou algumas lesões em articulações como joelhos e tornozelos. Acredito que por algum motivo alguém pensou que se o impacto lesava, a ausencia de impacto era benéfica, e esse "conhecimento" foi sendo transmitido até se tornar uma "verdade", quase uma "lenda urbana".
Bem, mesmo sem querer ser polêmico oriento que observe seus pacientes e tirem suas proprias conclusões!
Marcelo Renato Massahud Junior
Fisioterapeuta
Bem, confesso que procurei por artigos e trabalhos relacionados ao assunto e não encontrei nada, nada de estudos comparativos etc.
Na prática do dia a dia, notei uma coisa diferente: os pacientes que estavam tratando a postura e ao mesmo tempo praticando natação tiveram melhora mais lenta que aqueles que não praticavam.
Fiquei curioso para saber se eu estava com razão e questionei alguns colegas que trabalhavem com RPG, cadeias etc, porém, nenhum deles até então havia observado relação. Com o tempo eles passaram a observar seus pacientes e notaram a mesma coisa: quem estava praticando natação tinha uma melhora mais lenta!
A partir de então passei a interessar pela relação e não achei nenhum trabalho que mostrasse de fato que a natação era eficaz no tratamento postural.
Conversei com varios professores e alguns deles relatavam ja terem observado a mesma coisa, e que uma das recomendações era a de não praticar natação.
Acredito que se pararmos e pensar um pouco podemos achar uma teoria que explica tal fato: os músculos antigravitacionais são de fibras brancas (lentas), e a natação trabalha fibras de contração rápida, e mesmo em provas de longa duração acredito eu não haver uma coisa muito importante: ESPECIFICIDADE! Se não estou errado a postura se avalia e analisa de pé e a natação é uma atividade que se desenvolve em decúbito, como trabalhar esses músculos deitado e sem isometria.
Técnicas como RPG, Iso-stretching utilizam-se de posturas de pé (especificidade) e quando deitados trabalham em isometria e utilizando muita RESPIRAÇÃO, buscando não fortalecer, mas TONIFICAR.
O sistema Gama, que controla os fusos para ser trabalhado é necessario uma respiração bem específica, o que novamente não é a da natação.
Quero deixar bem claro que essa é minha opinião e que não realizei nenhum estudo para tal, apenas passei a observar melhor meus pacientes.
Mas qual embasamento para esses profissionais (e bons), recomendarem natação para corrigir a postura? Novamente tenho uma teoria: na decada de 80 havia uma atividade que quase não ouvimos mais falar, a aeróbica de alto impacto! e segundo alguns profissionais que ja trabalhavam nessa época essa atividade causou algumas lesões em articulações como joelhos e tornozelos. Acredito que por algum motivo alguém pensou que se o impacto lesava, a ausencia de impacto era benéfica, e esse "conhecimento" foi sendo transmitido até se tornar uma "verdade", quase uma "lenda urbana".
Bem, mesmo sem querer ser polêmico oriento que observe seus pacientes e tirem suas proprias conclusões!
Marcelo Renato Massahud Junior
Fisioterapeuta
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terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Tratamento X Diagnóstico Osteopático: Qual a diferença?
Desde os tempos em que cursava a pós graduação em osteopatia, varios colegas chegavam até mim dizendo que conheciam uma ou outra manipulação e que aplicavam com frequencia em seus pacientes, outros mesmos relatavam com detalhes a avaliação de um paciente pedindo para que desenvolvesse um plano de tratamento, claro utilizando manipulações.
Vamos deixar uma coisa bem clara: Osteopatia não é manipulação!
O tratramento osteopático é muito mais amplo, não meramente "estalar" o paciente. Buscar a origem da lesão, não focar somente na dor, buscar os sinais e sintomas que o corpo apresenta, é quase que um jogo de detetive!
Um bom tratamento osteopático depende de mãos treinadas (claro, trata-se de uma tecnica manual), mas principalmente de saber ver, ouvir e interpretar, manipulações por si não são suficientes para o sucesso do tratamento.
Vamos deixar uma coisa bem clara: Osteopatia não é manipulação!
O tratramento osteopático é muito mais amplo, não meramente "estalar" o paciente. Buscar a origem da lesão, não focar somente na dor, buscar os sinais e sintomas que o corpo apresenta, é quase que um jogo de detetive!
Um bom tratamento osteopático depende de mãos treinadas (claro, trata-se de uma tecnica manual), mas principalmente de saber ver, ouvir e interpretar, manipulações por si não são suficientes para o sucesso do tratamento.
As manipulações sem um bom diagnóstico são ineficazes, e podem apresentar riscos aos pacientes, por isso antes de tratar é necessário um diagnóstico preciso, o que é possivel por uma avaliação precisa e minuciosa.
Apesar de muitos de meus colegas não entenderem dessa forma e pensar que era má vontade em ensina-los, a osteopatia não se resume de forma alguma a ouvir uma avaliação e traçar um tratamento.
Apesar de muitos de meus colegas não entenderem dessa forma e pensar que era má vontade em ensina-los, a osteopatia não se resume de forma alguma a ouvir uma avaliação e traçar um tratamento.
A osteopatia mudou a forma com que vejo meus pacientes, me tornei mais observador, critico e detelhista. Por essa razão recomendo a todos os fisioterapeutas a conhecerem a osteopatia, certamente a forma de observar o paciente nunca mais será a mesma.
Marcelo Renato Massahud Junior
Marcadores:
osteopatia,
terapi manual
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Curso Livre de Extensão em Terapia Manual
Curso Livre de Extensão em Terapia Manual:
Cidade: Tres Corações
Inicio: Março de 2009
Carga Horaria: 80 H
Aulas aos Sabados.
Maiores Informações: marecelomassahud@yahoo.com.br
Cidade: Tres Corações
Inicio: Março de 2009
Carga Horaria: 80 H
Aulas aos Sabados.
Maiores Informações: marecelomassahud@yahoo.com.br
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