quarta-feira, 4 de dezembro de 2013


UNIMED NÃO PODE LIMITAR SESSÕES DE FISIOTERAPIA

O recurso da Unimed contra sentença obtida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que proibiu o plano de saúde de limitar o número de sessões de fisioterapia e fonoaudiologia a uma paciente de Jaraguá do Sul, foi desprovido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

A ação, ajuizada pela 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Jaraguá do Sul - com atuação nas áreas da infância e juventude e defesa do consumidor -, relata que o paciente, uma criança portadora de paralisia cerebral, não era atendido na integralidade de suas necessidades pelo plano de saúde.

De acordo com o Ministério Público, apesar das recomendações médicas para realizar tratamento com fonoaudiólogo e terapia ocupacional - fundamentais para diminuir os efeitos da sua moléstia -, a Unimed limitava o número de sessões em seis anuais, aquém do necessitado pela criança.

Diante do exposto pela Promotoria de Justiça, o Juízo da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Jaraguá do Sul concedeu liminar para determinar que a Unimed autorizasse a realização de quantas sessões se fizessem necessárias, conforme a prescrição médica. A liminar foi, posteriormente, reafirmada por sentença, no julgamento do mérito da ação.

Inconformada, a Unimed apelou ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, mas este manteve a sentença de primeiro grau intacta, por decisão unânime da Quarta Câmara de Direito Público. A decisão é passível de recurso. (autos 2011.0299405).
Fonte: www.fisioterapia.com

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Hospital encontra excesso na indicação de cirurgia de coluna

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO

m programa do hospital Albert Einstein está reavaliando indicações de cirurgias de coluna. Em dois anos, dos 1.679 pacientes que chegaram com pedido médico para a operação, só 683 (41%) foram confirmados como realmente necessários.
Os resultados foram apresentados anteontem em fórum internacional de qualidade e segurança do paciente, em Londres.
O programa atende pacientes particulares e de planos de saúde (Bradesco, Marítima e SulAmérica), que são encaminhados pelo próprio convênio para uma segunda opinião médica.
Além do diagnóstico, o acordo entre o hospital e os planos prevê reabilitação para os casos não cirúrgicos.
A iniciativa está causando polêmica entre os cirurgiões cujos diagnósticos foram questionados. O caso foi discutido na câmara técnica de implantes da AMB (Associação Médica Brasileira), que o encaminhou ao Conselho Federal de Medicina.
"Isso fere um preceito básico da ética médica que é um médico interferir ou mudar a conduta de outro. A indicação de cirurgia é prerrogativa do médico do paciente", afirma o neurocirurgião Marcelo Mudo, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
O excesso de cirurgias de coluna e as sequelas (perda da mobilidade, por exemplo) que ocorrem quando ela é mal indicada são largamente documentados em estudos. Os procedimentos custam até R$ 200 mil e mais da metade desse valor se refere a dispositivos (pinos, parafusos etc).
Nos EUA, o número e os custos dessas cirurgias dispararam na última década e elas estão agora na mira do governo federal. Há a suspeita de que os médicos estejam indicando mais porque ganham benefícios da indústria.
Segundo o médico Claudio Lottenberg, presidente do Einstein, o projeto é uma tentativa de evitar esses conflitos e padronizar procedimentos. "Queremos o melhor para o paciente e para o sistema de saúde como um todo, não para a fábrica de implantes."
Os planos de saúde que participam da iniciativa economizaram R$ 54 milhões com as cirurgias não realizadas. Lottenberg diz que o grupo segue estritamente protocolos clínicos e não há intenção de favorecer convênios.
O médico Mario Ferretti, gerente de ortopedia do Einstein, afirma que a maioria das indicações cirúrgicas desnecessárias era relativa a diagnósticos associados a outras doenças não detectadas.
"O paciente pode até ter uma hérnia de disco, mas pode ser que outras patologias, como fibromialgia ou esclerose múltipla, sejam a real causa da dor na coluna."
No hospital, a equipe de atendimento tem ortopedistas, fisiatras e fisioterapeutas. "Não colocamos cirurgiões de propósito, para não ter viés. Os clínicos estão capacitados a fazer o diagnóstico. Se há dúvida, acionamos os cirurgiões", diz Ferretti.
Segundo dados do projeto, pacientes que adotaram tratamentos não invasivos, como fisioterapia, tiveram redução da dor e relataram melhoria de qualidade de vida.

Novela "Amor à vida"


 O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, no exercício de suas funções legais de regulamentador das profissões de Fisioterapeuta e de Terapeuta Ocupacional e diante de sua missão pública de preservação da saúde da população Brasileira, bem como diante de sua responsabilidade pela qualidade da informação relativa ao exercício dessas profissões, vem a público manifestar seu DESAGRAVO À FISIOTERAPIA em face da veiculação equivocada e desprovida de qualquer conteúdo técnico de cena da novela “AMOR À VIDA” que foi ao ar ontem, pela Rede Globo de Televisão.

O Fisioterapeuta é um profissional pleno cuja atuação não depende de qualquer outro profissional da saúde para lhe prescrever tratamento ou qualquer conduta afeita ao seu conhecimento técnico.

O COFFITO empreenderá todos os esforços para corrigir a distorção perpetrada pela emissora, bem como atuará, prontamente, para restabelecer a verdade do conteúdo da informação difundida, mediante o subsídio completo ao Diretor do programa sobre o conceito e os limites institucionais a que a Fisioterapia e o Fisioterapeuta se vinculam.

Fonte: www.coffito.org.br

sábado, 6 de abril de 2013

Curso de Reabilitação Vestibular

Data 01 e 02 de Junho de 2013


Conteúdo Programático

Anatomia e Fisiologia do Sistema Vestibular
Cóclea e vestíbulo
Canais semicirculares
Labirinto membranáceo
Receptores
Equilíbrio
Neuroplasticidade
Disfunção vestibular periférica
Disfunção vestibular central
Diagnóstico
Reabilitação vestibular
Nintendo Wii e Pilates para pacientes com labirintopatias
Manobras de reposição
Protocolos de reabilitação vestibular
Questionários de avaliação
Discussão de casos clínicos

Investimento: R$ 400,00 (à vista) ou R$ 430,00 ( entrada +30-60 dias).
Matrícula: R$30,00

inscrições: marcelo@colunasemdor.net

Currículo

Profª. Suellen Fernanda Coutinho
Fisioterapeuta
Mestranda em Ciências da Reabilitação – USP
Especialista em Fisioterapia Neurológica – Hospital Israelita Albert Einstein
Aperfeiçoamento em Reabilitação Física – Instituto Rede Lucy Montoro (USP)
Formação em Pilates Solo e Estúdio (IBRAESP), Pilates para patologias da coluna vertebral (METACORPUS), Pilates nas hérnias de disco (IMPÉRIO PILATES), Kabat (UNIFESP), Formação em Reabilitação Vestibular (SBF).
Graduada em Fisioterapia pela Universidade do Vale do Sapucaí


Curso de Funcional Taping (bandagem elástica funcional) na cidade de Poços de Caldas MG

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Pilates para Crianças

Atualmente é cada vez mais comum crianças queixarem de dores nas costas, tal fato se deve a redução nas atividades físicas das crianças nos dias atuais.
Cada vez mais as crianças passam mais tempo em frente ao computador e vídeo game.
Sem contar o fato que a maioria não vive mais em casas, mas em apartamentos e esses estão cada vez menores.
Somando a falta de atividade física devido as modernidades, à redução no espaço para brincar, o número cada vez menor de filhos (quanto menos irmãos menor os indivíduos para brincar) e também aos riscos de se brincar na rua (violência, atropelamentos etc).
O pilates torna-se então uma opção excelente para as crianças, pois exige concentração, trabalha força, equilíbrio, coordenação, sendo útil até mesmo para crianças hiperativas devido à necessidade de focar na execução dos exercícios.
Cada vez mais os pais deveriam pensar na qualidade de vida de seus filhos, as mudanças devem ser acompanhadas, fiquem atentos e não negligenciem queixas de crianças, mesmo sendo essas muito "novas" para terem problemas de coluna. Dor não é apenas sinal de lesão estrutural, muitas vezes a queixa de dor aparece quando ainda existe apenas uma alteração na função de um segmento, e quanto antes iniciar o tratamento menores as chances de agravar os sintomas e se tornar crônicas.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Síndrome da Cauda Equina e Compressão Medular


Síndrome da cauda equina é uma séria condição neurológica na qual há perda aguda da função dos elementos neurológicos (raízes nervosas) do canal espinhal abaixo do cone medular, a terminação da medula espinhal.

O que poucos sabem é que uma compressão medular EM QUALQUER NÍVEL MEDULAR pode gerar sintomas neurológicos semelhantes aos da síndrome da cauda equina, como perda da sensibilidade nas regiões genitais e perianal e em casos mais graves a perda do controle dos esfíncteres.

Tal fato se deve à disposição das fibras ascendentes na medula espinhal onde quanto mais inferior a raiz nervosa mais centralizada na medula, ou seja, as vias ascendentes mais centralizadas na medula são as raízes de S5 e S4, que respectivamente são os dematomos da região anal e dos genitais.
E como em geral a compressão é na parte anterior, acaba por atingir primeiro essas áreas na medula.

Outro sinal clinico importante como diagnóstico diferencial para se detectar a compressão da medula é a perda da propriocepção, tal explicação se deve também à disposição das fibras dos fascículos Grácil e Cuneiforme, dessa forma podemos através de perguntas ao paciente como dificuldade de caminhar no escuro ou na penumbra e teste de romberg desconfiar de uma compressão a nível medular.
A compressão medular ainda que ocorra em qualquer nível (cervical, torácico ou lombar) pode ocasionar esses sintomas e muitas vezes ao procurar o médico o paciente acaba fazendo exames de imagem que em nada ajuda em desvendar a compressão, é comum o paciente chegar para tratamento descrevendo esses sintomas e nas mãos uma ressonância magnética da coluna lombar baixa (L3, L4, L5), e como sabemos nesse nível não temos mais a medula espinhal apenas raízes (cauda equina).

Se o paciente chegar em sua clínica com essas manifestações (perda da sensibilidade na região anal e genitais), perda da propriocepção (dificuldade de caminhar no escuro ou penumbra, romberg positivo) e traz consigo apenas uma RNM lombar, cuidado ele pode apresentar uma compressão medular em qualquer nível da coluna vertebral, solicite uma investigação completa para não piorar a situação do paciente.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Osteopatia: Um pouco da sua história.



A origem da Osteopatia está diretamente ligada a vida do Dr. Andrew Taylor Still, fundador da osteopatia. Andrew Taylor Still nasceu em 6 de agosto de 1828, no extremo oeste do estado da Virgínia, EUA. Filho de Martha Still e do médico Abram Still, que também era fazendeiro e ministro da igreja episcopal metodista. Andrew seguiu os passos do pai e se tornou um fazendeiro e médico.

Andrew era um excelente caçador e relata que sua juventude na fronteira americana foi de grande utilidade para o desenvolvimento da osteopatia: "Minha experiência vivendo na fronteira foi muito valioso. Teve um valor inestimável em minhas pesquisas científicas. Antes mesmo de estudar anatomia nos livros, eu já havia aperfeiçoado este conhecimento através do grande livro da natureza. Despelar esquilos me colocou em contato com músculos, nervos e veias. Os ossos, a base da osteopatia, sempre foram de meu interesse antes mesmo de aprender seus nomes científicos".

Em 29 de janeiro de 1849, casou-se com a senhorita Mary M. Vaughn e se mudou para Lawrence no Kansas, região ocupada pela tribo Shawnee. Lá ele cultivava uma fazenda e junto com seu pai realizava atendimento médico aos índios e colonos. Sua esposa morreu em 1859, e o deixou com três filhos. Em 1860, casou-se com Mary E. Turner.

Nos anos de 1852-1853 foi cirurgião sob comando do General John C. Fremont, e durante a Guerra Civil ele foi cirurgião do exército da União no corpo de voluntários. Foi neste período em que ele começou a perder a confiança na eficácia dos medicamentos e nos procedimentos médicos da época. Entre os anos de 1861 e 1864 Still serviu e comandou batalhões durante a Guerra de Secessão, lutando pela libertação dos escravos. Dr. Still alcançou o posto de Major, e em outubro de 1864 cumpriu ordens de dispensar todo seu regimento, encerrando sua carreira como militar.

Dr. Still mudou-se do Kansas para Kirksville, Missouri em 1875, mas não se fixou de forma permanente até 1887. Durante este período ele trabalhou como médico intinerante, indo de lugar a lugar procurando oportunidades de curar os doentes com seu próprio método original. Dr. Still atraiu muita atenção quando chegou em Kirksville, principalmente devido ao caso da senhora Robert Harris. Ela esteve doente por anos, e todos os médicos da cidade haviam desistido de tratá-la. Ela não conseguia elevar a cabeça sem que ocorresse cãibras, convulsões, e perda da consciência, os vômitos eram frequentes.
 O médico Dr. Grove, ouviu sobre os trabalhos do Dr. Still, e a recomendou que buscasse sua ajuda. Dr. Still a tratou durante três meses, e apartir de então ela voltou a ter boa saúde. Não parece necessário dizer que desde o tratamento a família Harris se tornou amiga do Dr. Still e se transformou em fervorosa defensora da Osteopatia.

Pessoas de todos os cantos, inicialmente, zombavam do Dr. Still, mas muitos foram obrigados a reconhecer o seu maravilhoso trabalho. Ele ficou conhecido como "o rápido ajustador de ossos" (the lightning bone-setter). E muitas vezes podia ser visto por seus amigos com sua caixa de ossos, estudando-os em seus mínimos detalhes. Frequentemente dizia: "só os medicamentos não irão resolver, precisamos ter algo melhor".

Sua habilidade como terapeuta foi evidenciada em Kirksville pelas centenas de pacientes paralisados e aleijados que o procuravam, e que em poucas semanas partiam com seus corações aliviados e seus membros endireitados. Sua fama se espalhou e ele fez a cidade de Kirksville ser conhecida em todos os estados dos Estados Unidos, devido a sua reputação.


Muitas vezes Dr. Still deixava Kirksville para ir a outras cidades fazer exibições em lugares públicos escolhendo pessoas com doenças que ele poderia rapidamente demonstrar os "Princípios da Osteopatia" perante a multidão. Muitos o julgavam como louco e insensato, mas de uma forma geral sempre deixava uma boa impressão por onde passava. 

E em 1892 quando sua procura se tornou tão intensa que ele e sua família não conseguiam mais atender as vastas multidões que apareciam para tratamento, então Dr. Still começou a ensinar formalmente a Osteopatia, fundando a American School of Osteopathy.
A residência do Dr. Still na fronteira durante longos anos no período em que estava desenvolvendo sua ciência não foi mero acidente. A natureza primitiva era o ambiente ideal para ter a independência necessária para completar seu trabalho. Tradições da prática médica tiveram de ser ignorados, funções da mecânica humana não descritos em livros tiveram de ser descobertas.

Em sua autobiografia Still nos mostra como o ambiente em que morava teve influência no desenvolvimento da Osteopatia: "Eu, que tive alguma experiência em aliviar a dor, descobri que os medicamentos são um fracasso. Desde cedo fui um estudante da natureza. Na minha juventude no Kansas, eu dediquei minha atenção ao estudo da anatomia. Eu me tornei um ladrão em nome da ciência. Os túmulos dos índios foram profanados e seus corpos exumados em nome da ciência. Estudei os mortos para que pudesse ajudar os vivos".

"Índio após índio foram exumados e dissecados, e eu ainda não estava satisfeito. Muitos experimentos foram feitos com os ossos, até que eu me tornasse muito familiarizado com o sistema esquelético. Talvez eu avançaria mais cedo no desenvolvimento da Osteopatia, se a Guerra Civil não tivesse interferido no progresso de meus estudos".

E foi na primaveira de 1864 que ele perdeu completamente a confiança na eficácia dos medicamentos, devido a tragédia em sua própria família, que levou a morte de 3 de seus filhos por meningite.

Os primeiros pacientes tratados com osteopatia pelo Dr. Stil em sua grande maioria eram pessoas pobres. E por ser um método novo e desconhecido, diversas vezes os pacientes recusavam o tratamento.  Dr. Still teve de muitas vezes entrar pela porta dos fundos de seu consultório para evitar ser abusado e ridicularizado por parte das famílias dos pacientes devido a seu novo método de tratamento. O fato era que ele precisava ter contato com um grande número de pessoas para obter dados suficientes para apoiar suas afirmações,  foi necessário viajar de um lugar a outro para manter a prática contínua.


No ano de 1872 ele realizou viagens através do país e avaliou todos os casos crônicos que ele pode encontrar. No período de transição, antes mesmo dele abandonar por completo o uso de medicamentos, houve um caso em que ele foi chamado para viajar ao interior e avaliar uma paciente com pneumonia, ele havia esquecidos de levar seus medicamentos, então recorreu à manipulação e curou o caso mais rapidamente do que se estivesse usado os remédios.

Em 1878 ele já estava praticando sua nova profissão, ainda sem nome. Pessoas viajavam grandes distâncias para vê-lo, e todos tratados saíam felizes. Continuou suas viagens para tratar todos os tipos de pacientes que não tinham medo de seu tratamento. O resultado de ter largado a prática médica (com remédios) e devido aos atendimentos gratuitos na grande maioria de seus pacientes que eram pobres, Dr. Still começou a empobrecer. E mesmo na pobreza Dr. Still continuou firme a sua convicção e crença na osteopatia.

Após diversas viagens e curas espetaculares Dr. Still retornou para Kirksville e começou a clinicar. Ele e seu filho Harry faziam todo o trabalho. Mas a clínica cresceu muito além de suas expectativas. E mesmo depois dos filhos Charles e Herman se juntarem, eles não conseguiam dar conta do trabalho. Foi então que Dr. Still especulou em começar a ensinar. A primeira turma consistia em seus filhos e mais três estudantes regulares: Dr. Wilderson, Dr. Hatten e Dr. Ward.


FONTE:


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013