A dor é um importante mecanismo de defesa do nosso corpo,
ela informa que algo não está normal no nosso organismo, sem ela por exemplo
não sentiríamos que quebramos um osso e sem a devida proteção poderíamos
agravar a lesão, ela também informa sobre um potencial dano aos tecidos, como
colocar a mão sobre uma superfície quente.
Acontece que quando ela se torna constante isso se torna um
grande problema, a DOR CRÔNICA. Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS uma
em cada cinco pessoas sofrem com dores crônicas.
A dor crônica pode ser definida como uma dor com duração
superior a 3 meses, ou por um período superior ao estimado para a recuperação
do paciente.
O problema é bem complexo e causa impactos na qualidade de
vida dos indivíduos acometidos pela dor e também impactos na economia,
estima-se que só nos EUA as dores crônicas causam prejuízos de mais de 210
bilhões de dólares (entre tratamentos, faltas ao trabalho e baixa produtividade
dos trabalhadores com dor).
As mulheres são mais acometidas que os homens, cerca de 34%
das mulheres e 20% dos homens apresentam dores crônicas.
Muitos estudos são feitos para entender e amenizar esse
problema, o que se sabe é que o fator emocional tem fortes influencias na
perpetuação e na amplificação das dores, e muitas vezes relação direta com o
aparecimento das mesmas.
Os estudos apontam que as origens das dores crônicas são
complexas, assim como não existe um tratamento único que resolva todos os
problemas, mas a associação de alguns medicamentos com tratamentos físicos e
psicológicos são os que apresentam resultados mais satisfatórios.
Recentemente foi descoberto que o bloqueio dos canais de
cálcio das membranas celulares inibe a transmissão do estímulo doloroso o
desafia agora é criar fármacos que atuem apenas nas células responsáveis pela
dor.
Dentre os locais mais comuns de dores crônicas estão a
coluna vertebral (22%), as pernas e os pés (20%), o peito (17%) e a cabeça
(16%).
Dentre os tratamentos fisioterapêuticos se destacam as
terapias manuais (Osteopatia, RPG, Terapia Crânio-sacral), massagens,
hidroterapia e uso das correntes elétricas (TENS), acupuntura e outras.
Sob o ponto de vista global algumas das dores persistentes
tem como origem o desequilíbrio das estruturas corporais e por essa razão, por
mais que se tomem medicamentos ou submeta o paciente a tratamentos
convencionais a dor irá persistir, pode até diminuir de intensidade, mas sem a
correção estrutural, ou seja, a correção dessas estruturas, a dor irá se
perpetuar.
Muitas das patologias degenerativas que são responsáveis
pelas dores crônicas tem origem nas alterações funcionais do corpo.
Como não existe ainda uma única técnica ou método 100%
eficaz, a equipe multidisciplinar é a melhor opção para o combate da dor
crônica, médicos, fisioterapeutas e psicólogos, o entrosamento entre esses
profissionais pode fazer a diferença para aqueles que sofrem de dor crônica.
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