segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dores na Coluna: Uma verdadeira Epidemia!


As dores na coluna podem ser consideradas uma verdadeira epidemia devido ao elevado índice de acometidos e pelo impacto na economia mundial.
O mundo todo paga um alto preço pela falta de politicas de prevenção das dores na coluna, se apenas isso não bastasse falta muitas vezes qualificação profissional para atender esse número cada vez maior de pacientes.
No Brasil é a terceira causa de aposentadoria precoce e a segunda causa de faltas ao trabalho, estima-se que mais de 80% da população mundial tem, tiveram ou terão dores nas costas, números realmente assustadores.
Um fato que todos precisam saber é que mais de 90% dos casos são tratados de forma conservadora, ou seja, não necessitam de cirurgia. Para que no entanto o tratamento tenha o resultado positivo é primordial detectar a causa do problema, outro fator que aumenta os bons resultados é o acesso ao paciente a todas as informações sobre sua patologia.
Existem várias causas para as dores na coluna, é importante ficar atendo a cada sintoma, não menosprezar nenhuma informação por mais insignificante que possa parecer, muitas vezes são os detalhes que ajudam a fechar um diagnóstico e por mais avançados que estejam os exames complementares (RNM, TC, RX etc), a avaliação clinica é soberana.
Dentre as causa podemos citar: musculares (tensões ou distensões), ligamentares, síndromes facetárias (articulações posteriores das vértebras), espondilolistese, hérnias discais, artroses, estenoses e outras. Sem a identificação correta da origem da dor, o tratamento é muitas vezes ineficiente, sendo nesse caso alto o índice de recidivas (novas crises).
A conscientização do paciente sobre sua patologia e acesso a informação contribui muito para o sucesso do tratamento, através do acesso a informação o paciente poderá identificar outros sintomas referentes à sua patologia, poderá reconhecer fatores que podem prejudicá-lo, ajuda-lo passará a prestar mais atenção em sua postura e terá maior cuidados nas realizações de suas atividades de vida diária. O paciente também deverá estar consciente que a dor crônica irá certamente influenciar na sua qualidade de vida influenciando inclusive no seu emocional, o que poderá agravar seus sintomas ou mesmo criar novos sintomas, bem como ter influencias negativas na sua alimentação e qualidade do sono.
Dentre os fatores causadores das patologias podemos citar o sedentarismo, crescente a cada dia, fatores genéticos, obesidade, fumo, má postura, atividades físicas extermas, movimentos repetitivos e muitos outros, mas o principal segundo muitos autores é a fraqueza ou ineficiência dos músculos estabilizadores (multífidos e abdominal oblíquo).

Os tratamentos se dividem em conservador e cirúrgicos, sendo conservadores o tratamento medicamentoso e fisioterapia, havendo ainda dentro da fisioterapia uma infinidade de técnicas e métodos muito eficientes, dentre os quais se destacam a Osteopatia, RPG, Mckenzie, Cadeias Musculares etc.
Uma técnica não muito recente esta ganhando mais espaço a cada dia devido aos bons resultados, o Sistema de Flexão e Distração, criado por um Osteopata americano que havia idealizado adaptações no sistema de tração mantida, técnica que data de 3.000 anos AC, esse sistema sofreu ainda adaptações realizadas pelo quiropata James Coxx e pelo Osteopata Eckard, sendo então o sistema adotado até os dias atuais. O Sistema de Flexão e Distração promove uma diminuição da pressão intradiscal, reduz a estenose, alonga o ligamento amarelo,  aumenta o transporte de nutrientes para o disco etc.
É importante salientar que nenhum tratamento será realmente eficiente se o paciente não mudar alguns hábitos como aprender a corrigir a postura, evitar movimentos lesivos e principalmente iniciar uma prática de atividade física com fins terapêuticos. O paciente precisa ter a plena noção que a maioria das patologias degenerativas da coluna vertebral não tem cura, mas pode ser controladas, e ao final do tratamento uma atividade física que privilegie a manutenção e correção postural, manutenção da flexibilidade, e fortalecimento dos músculos estabilizadores irá reduzir drasticamente as recidivas.

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