quarta-feira, 29 de abril de 2015

Dores nas costas são principal causa de incapacidade no mundo

A lombalgia afeta 9,4% da população mundial, incluindo crianças, segundo estatísticas 

As dores lombares são a principal causa de incapacidade no mundo e respondem por um terço dos casos de invalidez provocados pelo trabalho, revelam dois estudos publicados.

Utilizando estatísticas provenientes de 187 países, pesquisadores americanos e australianos determinaram que a lombalgia afeta 9,4% da população mundial, incluindo crianças.

Estes resultados situam os problemas lombares na primeira posição das patologias em relação aos anos de vida sofrendo uma incapacidade, destacam os autores dos estudos.

As regiões mais afetadas são Europa ocidental, norte da África e Oriente Médio, contra uma menor incidência na América Latina e no Caribe.

O problema aumenta com a idade, um fenômeno que seguramente provocará um forte incremento de pessoas com dores lombares em países menos desenvolvidos nas próximas décadas, adverte um dos estudos, publicado nos Anais de Enfermidades, uma revista ligada ao grupo British Medical Journal (BMJ).
Outro estudo, realizado a partir das mesmas estatísticas, conclui que as lombalgias também estão na origem de um terço dos casos de invalidez provocada pelo trabalho.

Os agricultores e as pessoas com entre 35 e 65 anos formam o maior grupo de risco, na medida que transportam cargas mais pesadas, trabalham em posições "delicadas" ou estão expostos a vibrações.

Precisamente, os agricultores têm quatro vezes maior risco de sofrer problemas lombares que as pessoas que trabalham em outros setores.

As estatísticas utilizadas nos dois relatórios foram divulgadas na edição 2010 da Global Burden of Disease, um estudo apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar a mortalidade e a degradação da saúde como consequência das diversas doenças.

Fonte:
http://blogfisiobrasil.blogspot.com.br/

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dores o que e quando tratar?

Com certa frequência recebo pacientes que chegam ao consultório desesperados pois acabaram de sair do consultório médico e nos exames complementares não foi detectado nada (ou quase nada) que justifique a sua dor. Esses pacientes se mostram confusos e decepcionados por não ter sido realizado um diagnóstico sobre o que está causando suas dores, sem contar que muitas vezes, sem uma "razão" passam a sofrer desconfiança de familiares e empregadores quanto a veracidade de suas queixas.
Explico que o que ele tem (ou pode ter) é uma consequência de um desarranjo funcional, ou seja, alguma estrutura encontra-se em mal funcionamento e isso não é visível nos exames de imagem, mas é possível detectar aos testes, e em geral respondem rápido ao tratamento especializado.
Da mesma forma é comum um paciente chegar ao consultório com muitos (muitos mesmos) exames: R-X, TC, RNM e esses apontarem muitas degenerações e esse paciente estar relativamente bem, sem dor.

Os exames complementares são como o nome diz complementares, servem para auxiliar no diagnóstico e não para ser o objeto principal da intervenção. Ninguém trata um exame, tratamos o paciente, o ser humano, essa visão focada na doença ou na disfunção é muito segmentada e por mais que a cada dia as evidencias mostram a influencia do stress, da ansiedade, ou seja das emoções, do social nas queixas das pessoas a prática no dia a dia pouco tem se beneficiado dessas evidencias, ainda são utilizados aquele modelo biomédico, focado na doença. Aquele onde a doença porta um paciente e não o modelo moderno biopsicossocial onde o foco é o paciente, o ser humano, e que esse porta uma doença ou uma disfunção.

Vamos começar a semana refletindo sobre a abordagem que damos ao paciente que nos procura.