sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pilates, Condicionamento, Reabilitação e Modismo.


O método Pilates constitui uma fantástica atividade física, unica e eficiente.
Mesmo não sendo um método de reeducação postural por excelência, trabalha a postura como nenhum outro exercício físico.
Trabalha de forma excelente a musculatura abdominal e os músculos profundos da coluna, além de propiciar equilíbrio, consciência corporal, melhora do padrão respiratório e muitos outros beneficios.
Quando bem supervisionado o Pilates proporciona todos esses benefícios citados, porém, se não não passa de um exercício qualquer. Vejamos da seguinte forma, muitos profissionais que não tem a formação (ou nenhum conhecimento) sobre motricidade humana, e principalmente sobre posturas (normal e alterações).
Temos atualmente uma concorrência muito grande, e com isso tudo o que se destaca, tudo o que apresenta resultado logo é copiado (e muitas vezes mal copiado). A área da saúde esta se tornando um balcão de negócios.
É imensa a quantidade de profissionais despreparados em todas as áreas, e no Pilates não é diferente.
Um profissional do fitness instruindo pilates não é e nem sera um verdadeiro instrutor de Pilates, será um professor de fitness. Nada contra os professores, mas são coisas completamente diferentes, o fitness trabalha força, o Pilates trabalha tônus, observe um bom estúdio a preocupação do instrutor com o padrão respiratório do aluno, a contração contínua dos abdominais, a postura sempre corrigida....... enfim, é um método muito complexo.
Vamos compara-lo ao treinamento com pesos livres. Como gerar contração muscular em qualquer nível de posicionamento do músculo (encurtado, alongado ect), não é possível obter a gama de contração muscular em diferentes pontos como com uma mola. Se quiser trabalhar outras unidades motoras (fibras), podemos apenas alterar um pouco o ângulo articular e pronto!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Globalidade: Porque teoria e prática são diferentes?


O termo globalidade não é nenhuma novidade em fisioterapia, e acredito que explica-lo seria desnecessário, ja que na teoria ouvimos do dia em que pisamos pela primeira vez na faculdade e nos acompanha pelo resto de nossas vidas profissionais.

Agora vamos fazer diferente, vamos perguntar sobre a aplicação pratica de globalidade, quem realmente usa a globalidade dia-a-dia?

Não estou falando sobre avaliar a coluna em uma dor ou dormência nos membors inferiores ou superiores, falo a GLOBALIDADE, pura e verdadeira GLOBALIDADE. Quem realmente sabe utiliza-la na prática diária?

Vejamos o seguinte, um paciente chega para a avaliação e diz que apresenta uma determinada dor, consequente de um trauma. Aí fica fácil sabemos a causa, mas não são todos os casos que recebemos tudo "mastigado".

Na minha experiência mais de 60% dos pacientes procuram tratamento por causa de uma dor que apareceu sem causa aparente e foi evoluindo, evoluindo ate se tornar insuportável, ou quase insuportável.

São esses casos em que a globalidade é importante, mais até do que muitos exames complementares, pois possivelmente a causa não esta ali, no local da queixa.

Procurar pela origem da dor não é uma tarefa dificil, mesmo quando o paciente não se lembra de algum fator que poderia explicar a dor.

Nosso corpo nos deixa diversas pistas, que se soubermos como e onde procurar chegaremos a origem dos sintomas. Para isso deveremos buscar ver o paciente como um todo e não apenas como um "braço", uma "perna", ver como ele realmente é, dinâmico, que trabalha, dorme se diverte, como, onde, porque e claro saber deixar o "terreno" livre para o que vamos encontrar.

Tentar encaixar o paciente dentro de um padrão pode não funcionar, associar as dores que ele sente com o padrão de dor de outro que ja temos um diagnóstico pode ser perigoso e ter resultados desastrosos, quantas patologias podem por exemplo causar dores lombares?

Veja quantos e quantos pacientes passam por diversos profissionais sem obter o resultado esperado, passar por diveros especialistas das mais diversas áreas sem alivio, fazem os mais diferentes exames, sem apresentar um diagnóstico.

Lembramos das aulas da faculdade que esquecemos de aplica-las na pratica: ".... AS VEZES, A LESÃO ESTA LONGE DOS SINTOMAS.....", procuremos as origens!