segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Dor nas Costas X Posição Sentado

Dor nas costas é freqüente em quem trabalha sentado

A posição sentada é a mais freqüente entre a maioria das pessoas nas atividades profissionais, domésticas e no lazer. Pessoas que passam longos períodos sentadas sofrem mais de dor nas costas do que pessoas que se movimentam mais. Desta forma, é importante considerar como ficamos sentados, que tipo de cadeiras utilizamos e o que podemos fazer para prevenir a dor nas costas.


Escolha da cadeira adequada
Sentar bem em uma cadeira requer primeiramente uma cadeira com dimensões apropriadas para o nosso corpo. Ao sentar em uma cadeira você deve ter os dois pés apoiados no chão, o assento deve ser firme e profundo o suficiente para suportar as nossas coxas, não forçando o ângulo posterior dos joelhos e ter apoio para os antebraços. As bordas anteriores do assento devem ser arrendondadas.

O encosto da cadeira é essencial para fornecer estabilidade para a pessoa que se senta. Numa situação de trabalho o encosto deve ser levemente inclinado para trás, pois o encosto em ângulo reto não nos dará suporte e tenderemos a escorregar o quadril para a frente. O iso de um apoio lombar pode ajudar na manutenÇão de uma boa postura sentada, exercendo um suporte na coluna lombar e influenciando a postura global da coluna vertebral e reduzindo a fadiga muscular.
Firmeza do assento
Para que uma pessoa tenha uma boa postura na posição sentada, o assento da cadeira ou sofá deve ser firme o suficiente para impedir que a pessoa se afunde ao sentar e aumente a flexão da coluna lombar, forçando as articulações vertebrais.

Altura do assento
A altura ideal de um assento deve ser aquela em que a pessoa sentada mantenha ângulo reto nas articulações dos joelhos e tornozelos. Para as pessoas mais baixas que não conseguem encostar os pés no chão, o uso de um apoio para os pés auxilia a manutenção da postura correta.

Suporte lombar
Mesmo estando sentado em uma cadeira adequada, a manutenção da postura ereta é uma tarefa difícil já que há uma fadiga dos músculos estabilizadores do tronco. O apoio lombar vai exercer um suporte na coluna, recuperando a lordose lombar fisiólogica e reaproximando a coluna de sua conformação anatômica, reduzindo assim a fadiga muscular. O suporte lombar ajustável permite ao paciente experimentar diferentes poisções até encontrar a mais confortável para a sua coluna.

Como levantar
Certo: inclinar o corpo para a frente sem tencionar os músculos do pescoço e costas, estender os joelhos enquanto leva a cabeça e o tronco para frente e para cima, até chegar à posição em pé.
Errado: a cabeça está retraída encurtando os músculos do pescoço e tronco, desta forma, os disco intervertebrais ficam comprimidos, podendo resultar, a longo prazo, no aparecimento de hérnia de disco.
Fonte: Clesio.net

DICAS:
Ao sentar busque manter a curvatura da coluna vertebral, não sente escorregando;
Se você já possui algum problema na coluna evite muito tempo sentado, faça pequenas pausas para levantar e caminhar;

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

É possível ter uma coluna sem dores sem cirurgia?

Antes de responder a essa pergunta devemos fazer uma outra: o que você fez ou faz para ter uma coluna saudável?

Se recorrermos aos dados podemos observar que mais de 90% dos casos o tratamento conservador (sem cirurgia) é eficaz, e os dados revelam ainda que se comparado ao tratamento conservador especializado a cirurgia não é mais eficiente.
Existem casos onde realmente a cirurgia é necessária, mas são grande minoria.
O grande problema dos tratamentos da coluna é que o paciente deve ser ativo nesse processo, e muitas vezes esse não quer participar diretamente do processo de tratamento, muitos esperam que um tratamento por passe de mágica resolva 100% de suas dores sem que esse faça atividades (alongamentos e exercícios prescritos especialmente para o caso dele), não realiza mudança de hábitos (atividade física, postura, fumo, alimentação etc).
Seus problemas não começaram do dia para a noite, foram se instalando após anos de más posturas, carregar pesos inadequados, movimentos lesivos, atrofia da musculatura estabilizadora, falta de sono, stress e mais uma infinidade de coisas que não damos a devida importância. E como podemos melhorar se não estamos dispostos a rever alguns valores?
Conversando com alguns pacientes vemos um grande descaso com seu corpo, mas cuidam muito bem de um carro, uma casa ou outro bem, qual outro bem pode ser mais importante que seu corpo, sua saúde?
Sacrificamos para ganhar dinheiro e mais tarde gastamos dinheiro para recuperar uma saúde que perdemos porque corremos tanto atrás de algo que muitas vezes não sabemos o que é.
Outro fator que cada dia ganha mais foco nos estudos é o tempo que passamos sentados, nossa coluna não foi feita para ficar sentado, nossa evolução como espécie aprimorou para sermos caçadores e coletores e não digitadores ou telespectadores, mais de 80% da população passa mais de 8 horas por dia trabalhando sentados e depois passam seu tempo de livre sentados em frente um computador ou uma televisão. 
Há também uma corrente (fortíssima) correlacionando as dores crônicas, sobretudo na coluna com fatores emocionais (psicossociais), não é nenhuma novidade a influencia do stress nas dores, porém, nunca houve tantos estudos demostrando essa correlação. Estudos apontam ainda que muitas vezes as alterações visualizadas em exames de imagens são achados clínicos (descobertos por acaso) e não são as fontes das queixas.
A complexidade do tratamento das dores na coluna como podemos ver é muito grande, assim como diversos outros tratamentos, e o foco no indivíduo e não na alteração/patologia é fundamental para êxito. Buscar a causa e não o sintoma não é mais o único grande trunfo para bons resultados, mas buscar a causa, e focar no indivíduo e toda sua complexidade são fatores que aumentam em muito as chances de sucesso.
Quanto as cirurgias existem casos de bons e maus resultados, quando um paciente é submetido a uma cirurgia e continua a fazer tudo aquilo que causou sues problemas pode ter certeza que as chances de que as dores voltem são grandes, podendo ainda voltar em pontos diferentes e ainda mais intensas, mas se a cirurgia serviu como alerta e esse mudou seus hábitos as chances de melhoras são grandes, mas ainda sim acredito eu que esses mudanças são mais eficientes que a intervenção cirúrgica.
Para terminar antes de perguntar se é possível se livrar das dores na coluna sem cirurgia devemos nos perguntar, o que eu estou disposto a fazer (e a mudar) para me livrar das dores.