sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Divulguem!!!!!!

Resposta de um fisioterapeuta ao ATO MÉDICO!

"Caros senhores favoráveis ao Ato Médico, Se o grande problema é "prescrever", por favor, preciso que me prescrevam um tratamento fisioterapêutico para um paciente de 45 anos com uma tendinopatia crônica do tendão do músculo supra-espinhoso, apresentando calcificação no tendão. Ele apresenta história ocupacional de trabalho com elevação dos membros superiores acima do nível da cabeça (é vendedor de loja de roupas).Como é ex-jogador de voleibol, desenvolveu lesão do nervo supra-escapular,que culminou numa atrofia do músculo infra-espinhoso. Devido a distúrbios hormonais, desenvolveu osteoporose. Na avaliação, apresentou restrição da mobilidade da cápsula posterior do ombro, fraqueza dos músculos rotadores internos do úmero (grau 3), além de fraqueza de serrátil anterior e trapézio fibras inferiores (graus 4 para os dois músculos). A articulação esterno-clavicular também tem sua mobilidade diminuída. O que devo fazer, Dr.? Como posso fazer para restaurar a mobilidade da articulação? O que é mais indicado: mobilização articular ou alongamento? No caso de ser mobilização, que grau devo utilizar? No caso de ser alongamento, é preferível o alongamento ser estático ou balístico? Ou seria melhor utilizar de contração-relaxamento? Qual o tempo adequado de manutenção do alongamento? Ou será que é tudo contra-inidcado, devido à osteoporose? Com relação ao fortalecimento dos rotadores internos do úmero, qual exercício seria mais indicado para fortalecer o músculo sub-escapular, importante na estabilização dinâmica da articulação gleno-umeral? Devo usar thera-band, halteres, resistência manual ou simplesmente realizar exercícios ativos livres? Com relação ao serrátil anterior qual exercício seria mais indicado? Push-ups? Protração resistida? Exercícios ativos apenas, simulando atividades funcionais e procurando evitar movimentos escapulares anormais? Tudo isso? Nada disso? E se ele utilizar de compensações para a realização dos exercícios, como devo proceder? Com relação ao trapézio inferior, é melhor fazer o exercício contra ou afavor da gravidade? Devo ou não utilizar de movimentos ativo-assistidos? Qual o melhor exercício? Existe tal exercício? No caso da restrição da articulação esterno-clavicular, é necessário corrigir essa alteração de mobilidade? Se for, é possível corrigí-la? Como proceder. Tem contra-indicações ou precauções? Não podemos esquecer de tratar também o tecido lesado (tendão dosupra-espinhoso). Ele apresenta dor moderada ao elevar o membro superior D acima de 90 graus, que diminui a praticamente zero ao abaixar o braço. É necessára analgesia? Se for, que forma TENS? Qual a modulação (frequência, comprimento de onda, duração e intensidade)? Ou será que crioterapia é melhor? Em qual forma de aplicação? Por quanto tempo? Ou será que nenhuma analgesia é necessária? O que posso fazer para estimular o reparo do tendão? US (quantos MHz?Quantos W/cm2? por quanto tempo? Onde aplicar?), Laser (qual a intensidade? duração? tem contra-indicações?), exercícios (excêntricos, concêntricos, isométricos, resisitidos, livres? quantas séries e repetições? Qual o intervalo entre séries? Quantos RM? Devo fazer todos os dias ou não? É contra-indicado exercício?). Como posso fazer um exercício para supra-espinhoso? Por favor, repassem essa mensagem com urgência para todos os médicos com competência para me ajudar, pois estou com o paciente afastado do trabalhopor invalidez e continuo aguardando a "prescrição médica da fisioterapia",já que sem a "prescrição médica", segundo o ato médico, não posso fazer nada e nós todos os brasileiros, inclusive os médicos estamos pagando para ele não trabalhar. Não deixemos esse afastametno virar aposentadoria! Concluindo: Sim ao ato médico, desde que os médicos estudem na faculdadetodo o conteúdo que outras 13 profissões da área de saúde têm em seu currículo.
Marco Tulio Saldanha dos Anjos
Fisioterapeuta
CREFITO-4 51246-F

Cadeia Lesional: Mito ou Realidade?

Cadeia Lesional é um termo muito comum em terapias holísticas (o homem por completo), e vem sendo utilizada cada vez mais pelos mais diversos profissionais, sobretudo os fisioterapeutas manuais, mas na verdade o que significa? e realmente o que tem de verdade nesse termo?
Utilizamos esse termo para descrever alterações funcionais de diversos segmentos em decorrência de uma lesão inicial, como num efeito dominó a lesão inicial através de conexão com estruturas vizinha passa a transmitir esse “desarranjo” funcional até um determinado ponto, onde ira aparecer a queixa, em geral bem distante da lesão verdadeira, e por diversas vezes tratamos a queixa e nunca teremos resultados satisfatórios.
Um exemplo bem fácil de explicar: um entorse em inversão do tornozelo pode deslocar o tálus para lateral e anterior, que se não tratado corretamente ira transmitir esse desalinhamento ao ligamento talo-fibular anterior, que ira transmitir a fíbula, que ira transmitir ao bíceps femoral, depois ao ilíaco, ao grande dorsal e ao ombro, então certo dia o paciente aparece com uma dor misteriosa no ombro, resistente ao tratamento (cheio de recidivas), que poderá evoluir para uma tendinopatia, sendo que o paciente não é atleta, seu trabalho não exige esforços com o ombro, sem movimentos repetitivos ou elevação acima de 90º, então eu pergunto onde e como deveremos tratar?
Descrita por L. Busquet como teoria do elástico e por D. Lippens como cadeia lesional, o fenômeno puramente mecânico existe e está presente todos os dias na clinica fisioterapêutica, quer saibamos identificar ou não.
Felizmente o corpo nos dá sinais para identificá-las, através de testes simples podemos buscar a origem do problema e não ficar “martelando” em vão nos sintomas (adaptações).
Diferente de quando o paciente chega com o diagnóstico pronto, ou seja, fraturou, bateu torceu etc, assim fica fácil, mas cuidado com diagnósticos falsos, pois muitas vezes o trama inicial é antigo e o paciente pode não se lembrar, cuidado com diagnósticos de outros profissionais, por melhores que sejam, lembre-se que eles não tem a visão cinesiológica, muito menos holística, por isso desconfie de diagnósticos que não sejam os seus.
Diferente da origem, muitas vezes uma tendinite, uma dor inexplicável em um segmento, até uma discopatia são apenas sintomas! Sim, uma hérnia de disco pode ser um sintoma de uma alteração mecânica distante ou próxima deste, imagine uma contratura ou encurtamento do músculo psoas, gerando um vetor de força em torção sobre o disco, qual o resultado disso? simples, desidratação e fissura, mais uma vez pergunto devemos tratar o músculo (origem) ou a hérnia (sintoma)?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Síndrome do Desfiladeiro Torácico


A Síndrome do Desfiladeiro Torácico é a compressão do plexo braquial (nervos do braço) e da artéria subclávia, na altura do pescoço ou do ombro, e é muito mais comum do que podemos imaginar.
Um dos sintomas é a dormência (formigamento) nas mãos e braços, mas também o paciente pode apresentar perda de força no braço ou na mão, atrofia muscular e cianose (pele azulada) o que caracteriza a alteração circulatória.
Por diversas vezes é mal diagnosticada sendo quase sempre confundida com a síndrome do túnel do carpo, que pode apresentar sintomas semelhantes, tal fato se deve do não conhecimento da patologia por muitos profissionais, e que por essa razão muitas vezes são realizadas cirurgias desnecessárias.
Embora seja mais comum em mulheres jovens pode acometer todos os sexos e faixas etárias.
São ao todo 3 pontos que podem apresentar compressão: entre os músculos escalenos, entre a clavícula e a primeira costela e no tendão do músculo peitoral menor, assim chamados de:
1º Desfiladeiro: Músculos Escalenos
2º Desfiladeiro: Clavícula e Primeira Costela
3º Desfiladeiro: Tendão do Músculo Peitoral Menor
Alguns pacientes apresentam dores semelhantes a angina e embolia no membro superior acometido.
O diagnóstico é essencialmente clinico, ou seja, através de diversos testes pode se detectar se existe compressão e qual o nível desta. Exames complementares como Raios-X, eletroneuromiografias, e ressonâncias magnéticas podem contribuir para o diagnóstico, mas não são mais importantes que a avaliação física.
O tratamento fisioterapeutico é essencialmente manual, não sendo necessário utilização de aparelhos e costuma apresentar resultados positivos rapidamente, raramente são necessárias cirurgias, porem, quanto antes for detectado mais rápido o paciente retorna a suas atividades normais.