terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Natação X Postura: Mitos, Verdades e "Achismo"

Tenho observado a indicação da prática de natação por profissionais da saúde para tratamento e/ou complemento nos tratamentos de postura, mas o que há de resultados?
Bem, confesso que procurei por artigos e trabalhos relacionados ao assunto e não encontrei nada, nada de estudos comparativos etc.
Na prática do dia a dia, notei uma coisa diferente: os pacientes que estavam tratando a postura e ao mesmo tempo praticando natação tiveram melhora mais lenta que aqueles que não praticavam.
Fiquei curioso para saber se eu estava com razão e questionei alguns colegas que trabalhavem com RPG, cadeias etc, porém, nenhum deles até então havia observado relação. Com o tempo eles passaram a observar seus pacientes e notaram a mesma coisa: quem estava praticando natação tinha uma melhora mais lenta!
A partir de então passei a interessar pela relação e não achei nenhum trabalho que mostrasse de fato que a natação era eficaz no tratamento postural.
Conversei com varios professores e alguns deles relatavam ja terem observado a mesma coisa, e que uma das recomendações era a de não praticar natação.
Acredito que se pararmos e pensar um pouco podemos achar uma teoria que explica tal fato: os músculos antigravitacionais são de fibras brancas (lentas), e a natação trabalha fibras de contração rápida, e mesmo em provas de longa duração acredito eu não haver uma coisa muito importante: ESPECIFICIDADE! Se não estou errado a postura se avalia e analisa de pé e a natação é uma atividade que se desenvolve em decúbito, como trabalhar esses músculos deitado e sem isometria.
Técnicas como RPG, Iso-stretching utilizam-se de posturas de pé (especificidade) e quando deitados trabalham em isometria e utilizando muita RESPIRAÇÃO, buscando não fortalecer, mas TONIFICAR.
O sistema Gama, que controla os fusos para ser trabalhado é necessario uma respiração bem específica, o que novamente não é a da natação.
Quero deixar bem claro que essa é minha opinião e que não realizei nenhum estudo para tal, apenas passei a observar melhor meus pacientes.
Mas qual embasamento para esses profissionais (e bons), recomendarem natação para corrigir a postura? Novamente tenho uma teoria: na decada de 80 havia uma atividade que quase não ouvimos mais falar, a aeróbica de alto impacto! e segundo alguns profissionais que ja trabalhavam nessa época essa atividade causou algumas lesões em articulações como joelhos e tornozelos. Acredito que por algum motivo alguém pensou que se o impacto lesava, a ausencia de impacto era benéfica, e esse "conhecimento" foi sendo transmitido até se tornar uma "verdade", quase uma "lenda urbana".
Bem, mesmo sem querer ser polêmico oriento que observe seus pacientes e tirem suas proprias conclusões!

Marcelo Renato Massahud Junior
Fisioterapeuta

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tratamento X Diagnóstico Osteopático: Qual a diferença?


Desde os tempos em que cursava a pós graduação em osteopatia, varios colegas chegavam até mim dizendo que conheciam uma ou outra manipulação e que aplicavam com frequencia em seus pacientes, outros mesmos relatavam com detalhes a avaliação de um paciente pedindo para que desenvolvesse um plano de tratamento, claro utilizando manipulações.
Vamos deixar uma coisa bem clara: Osteopatia não é manipulação!
O tratramento osteopático é muito mais amplo, não meramente "estalar" o paciente. Buscar a origem da lesão, não focar somente na dor, buscar os sinais e sintomas que o corpo apresenta, é quase que um jogo de detetive!
Um bom tratamento osteopático depende de mãos treinadas (claro, trata-se de uma tecnica manual), mas principalmente de saber ver, ouvir e interpretar, manipulações por si não são suficientes para o sucesso do tratamento.
As manipulações sem um bom diagnóstico são ineficazes, e podem apresentar riscos aos pacientes, por isso antes de tratar é necessário um diagnóstico preciso, o que é possivel por uma avaliação precisa e minuciosa.
Apesar de muitos de meus colegas não entenderem dessa forma e pensar que era má vontade em ensina-los, a osteopatia não se resume de forma alguma a ouvir uma avaliação e traçar um tratamento.
A osteopatia mudou a forma com que vejo meus pacientes, me tornei mais observador, critico e detelhista. Por essa razão recomendo a todos os fisioterapeutas a conhecerem a osteopatia, certamente a forma de observar o paciente nunca mais será a mesma.
Marcelo Renato Massahud Junior

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Curso Livre de Extensão em Terapia Manual

Curso Livre de Extensão em Terapia Manual:
Cidade: Tres Corações
Inicio: Março de 2009
Carga Horaria: 80 H
Aulas aos Sabados.
Maiores Informações: marecelomassahud@yahoo.com.br